segunda-feira, 13 de julho de 2009

Algumas atividades marcantes do I Fórum Saúde Mulher serão realizadas no dia 16 de outubro: A caminhada com a comunidade, na qual são esperadas mais de 2000 pessoas; entrega do Troféu Sandra Feeburg, que valorizará o caso de uma pessoa envolvida com câncer de mama e que conseguiu transformar uma situação reversa de sua vida em um bem coletivo e, como momento máximo e a assinatura da Carta de Gramado na presença do Ministro da Saúde José Gomes Temporão.
Partícipe do Troféu Sandra Feeburg. Envie a sua história até o dia 5 de setembro 2009. Maiores informações no site www.forumsaude.com.br/trofeu
Nosso objetivo é a Qualidade de vida!
Contamos com a sua participação
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Uma das reportagens mais difíceis de ser feita na história de ZH acabou resultando numa opção fácil da Redação na seleção para o livro 45 Reportagens que fizeram a História. Mulheres com Câncer, da jovem Leticia Duarte, publicada em novembro de 2007, tem varios significados, jornalísticos e humanísticos.
Vamos ao primeiro. Leticia teve toda a calma e prazo para produzir a reportagem, numa aposta que marca a trajetória de ZH, sempre disposta a produzir a chamada Grande Reportagem.
Quando iniciou a busca pelas personagens - vítimas do tumor mais frequente e fatal
entre as mulheres gaúchas - Leticia tinha o respaldo da sua editoria para encontrar as pessoas certas, uma atendida pela rede pública e outra, pela privada.
Localizadas as personagens, começou o segundo drama da repórter- acompanhar
a luta contra o câncer ao lado das entrevistadas, muitas vezes invadindo a privacidade delas, de amigos e de familiares. Em alguns momentos, Leticia se viu destroçada por dentro.
Foi o que aconteceu, por exemplo, ao ver uma das mulheres ter de raspar a cabeça, pois já se submetia à quimioterapia. Oito meses de uma matéria em produção é um parto muito difícil para qualquer repórter, pois o material produzido acaba acumulado no estômago do jornalista.
Agora, oito meses de uma reportagem com mulheres com câncer, compartilhando seus medos e quedas, numa travesssia sem roteiro pré-definido, é uma missão para poucos profissionais.
E Leticia se saiu com galhardia.

Quando o material estava pronto para ser tornado público,
a parte mais delicada do acordo feito com as duas personagens: elas teriam de concordar com os textos. O procedimento de mostrar o texto integral a uma fonte antes da publicação é exceção - mas aquela reportagem, como bem diz sua introdução no livro, não era uma reportagem comum. O acordo tinha de ter sido feito no início - e, agora, tinha de ser cumprido, obviamente.
As personagens perceberam que suas histórias poderiam
ajudar outras mulheres a superar a doença que mata uma gaúcha a cada oito horas.
Copio aqui, para finalizar, as últimas três linhas do prólogo que anuncia a reportagem idealizada por Fabíola Bach e que contou com o acompanhamentodo fotógrafo Jefferson Bottega:
"O carinho que elas receberam de conhecidos e anônimos, e as manifestações de dezenas de leitores, durante os cinco dias de publicação da série, foram sinais de que essa história precisava ser compartilhada".
ZH acredita que sua missão,no caso, foi cumprida.
N. da R. A reportagem abordou os casos de uma paciente do Serviço de Mama
do Hospital Conceição e outra do Centro da Mama do Hospital da PUC.
RICARDO STEFANELLI
Diretor de Redação/Zero Hora

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